UMA DIDÁTICA DA INVENÇÃO (M. BARROS)

AS COISAS QUE NAO EXISTEM SAO MAIS BONITAS

(FELISDÔNIO)

domingo, 14 de setembro de 2008

CAPITALISMO

eu me prostituo
tu te prostituis
ele se prostitui
ela se prostitui
nós nos prostituímos
vós vos prostituís
eles se prostituem
elas se prostituem

4 comentários:

Márcio Bergamini disse...

Q putaria!!!
Adorei!

Dani disse...

Marcio, o q é o capitalismo, senao essa putaria aí??

Márcio Bergamini disse...

Me diverti mto ontem conhecendo a as histórias q inspiraram este poema. Não que sejam engraçadas em si. Não o são. Mas tudo que é trágico, depois que passa é divertido. Ainda mais com a desenvoltura usada ao contar as peripécias.
É interessante conhecer esse lado da Poesia. Às vezes a gente lê um poema e não entende patavinas do conteúdo. A teoria literária diz uma coisa, nossa leitura permite outra e assim vai... Mário Quintana diz que às vezes a coisa dita fica com a sensação de que nao foi propriamente dita. Bestas são os críticos que dizem que se deve separar a Vida da Arte, porque esta é apenas o espelho daquela. Espelho no qual entramos para contemplar-mo-nos a nós mesmos. Pura besteira dos separatistas. O que é a Arte senão Vida e o que é a Vida senão a mais bela das Artes?
O mundo está perdendo valores. Cada vez mais que o Capital ganha espaço relegamo-nos à mera condição de troco. De miúdo. Moedinhas esquecidas no fundo de uma gaveta velha. Vendemo-nos a preço de banana, sendo obrigados a nos contentarmos com aquilo que se nos impõe. Triste Capitalismo. Capitalismo Selvagem...
Não sei porquê, mas hoje acordei com uma vontade de me prostituir. Acho que venderei meu corpo literário. Se é que tem algum valor neste nosso mundo desvalorizado. =D

Dani disse...

É, Marcio! Cada vez mais pra mim a Vida é Arte e Arte é Vida!
E cada vez mais sinto o peso de sermos meros trocadinhos no fundo da gaveta. Principalmente qdo a gente assume a Arte em nossa vida, e aí nao consegue mais se prostituir a troco de banana. è preferível passar fome a deixar nossa Arte morrer nos prostituindo. Com a poesia nao dá pra se prostituir. Mas, como bonequeira, ainda tenho que me prostituir mto, e rezo pra que sempre precise me prostituir cada vez mais, pra que as bonecas sejam um sucesso!
è a Arte da Vida, meu caro.